Como o Estresse Pode Aumentar o Risco de Síndrome Metabólica

Empresaria estressada

Segundo um novo estudo, o estresse pode significativamente aumentar as chances de desenvolver síndrome metabólica, um conjunto de fatores de risco que contribuem para problemas de saúde graves, como doenças cardíacas e diabetes. A pesquisa revela que a inflamação desencadeada pelos níveis de estresse de uma pessoa pode torná-la mais propensa a desenvolver essa síndrome, somando-se aos fatores de estilo de vida e genéticos que também contribuem para o risco.

A Síndrome Metabólica

A síndrome metabólica é caracterizada pela presença simultânea de diversos fatores de risco metabólico. Os principais componentes da síndrome metabólica incluem:

  • Obesidade abdominal: Acúmulo de gordura na região abdominal.
  • Hipertensão arterial: Pressão arterial elevada.
  • Glicose elevada em jejum: Níveis elevados de açúcar no sangue, indicando resistência à insulina.
  • Níveis elevados de triglicerídeos: Aumento dos níveis de gorduras no sangue.
  • Níveis baixos de colesterol HDL: Redução do “colesterol bom”.

A presença de três ou mais desses fatores indica a síndrome metabólica. Esses fatores aumentam o risco de desenvolver condições graves, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e diabetes tipo 2. A síndrome metabólica está frequentemente associada a fatores como estilo de vida sedentário, dieta inadequada, obesidade e genética.

Como resultado, a pesquisa que analisou dados médicos de quase 650 participantes, descobriu que o estresse está significativamente relacionado à síndrome metabólica.

Estratégias Para Lidar com o Estresse

De acordo com a autora sênior do estudo, Jasmeet Hayes, professora assistente de psicologia na Universidade Estadual de Ohio, embora existam variáveis que não podemos modificar, o gerenciamento do estresse é um fator que podemos controlar. Estratégias simples de redução de estresse podem se tornar uma maneira acessível e eficaz de melhorar a saúde, especialmente à medida que as pessoas entram na meia-idade. Alguns exemplos são:

  • Exercícios Físicos: A prática regular de atividades físicas, como caminhadas, corridas, ioga ou natação, ajuda a liberar endorfinas, substâncias químicas que atuam como analgésicos naturais e melhoram o humor.
  • Técnicas de Respiração: Aprender técnicas de respiração profunda e consciente, como a respiração diafragmática, pode acalmar o sistema nervoso e reduzir a ansiedade.
  • Meditação e Mindfulness: A meditação e o mindfulness (atenção plena) são métodos eficazes para se desconectar do estresse diário, focando no presente e reduzindo a ruminação mental.
  • Estabelecer Limites: Aprender a dizer “não” quando necessário e estabelecer limites saudáveis nas responsabilidades pode evitar sobrecargas e reduzir o estresse.
  • Organização e Planejamento: Manter um calendário organizado, fazer listas de tarefas e planejar antecipadamente podem diminuir a sensação de desordem e aumentar o senso de controle.
  • Hobbies e Atividades Relaxantes: Reservar tempo para atividades prazerosas e relaxantes, como ler, ouvir música, pintar ou praticar um hobby, é fundamental para aliviar o estresse.
  • Contato Social: Compartilhar sentimentos e preocupações com amigos, familiares ou profissionais pode proporcionar suporte emocional e perspectivas diferentes sobre os desafios.
  • Sono Adequado: Garantir uma boa qualidade de sono é essencial para a recuperação física e mental. Estabelecer uma rotina de sono regular e criar um ambiente propício ao descanso são importantes.
  • Alimentação Balanceada: Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, pode influenciar positivamente o humor e a capacidade de lidar com o estresse.
  • Terapia Profissional: A busca por aconselhamento psicológico ou psicoterapia pode oferecer estratégias personalizadas para lidar com o estresse e desenvolver habilidades de enfrentamento.

Por fim, Hayes ressalta que o estudo traz uma nova dimensão ao entendimento da síndrome metabólica, destacando que o estresse não é apenas um problema psicológico, mas também possui efeitos físicos reais, como inflamação e síndrome metabólica. Embora mais pesquisas sejam necessárias para entender completamente os efeitos específicos do estresse na síndrome metabólica, o estudo enfatiza a importância de abordagens holísticas para a saúde.

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Referência:

Jurgens, S. M., Prieto, S., & Hayes, J. P. (2023). Inflammatory biomarkers link perceived stress with metabolic dysregulation. Brain, Behavior, & Immunity – Health, 34, 100696. https://doi.org/10.1016/j.bbih.2023.100696

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